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Toda Forma de Amar


Nesta semana, assuma seu lado badulaqueiro e espalhe amor sem dó…

O mês dos namorados sempre começa cheio de campanhas publicitárias com casaizinhos apaixonados mas mostra pouco a realidade do amor. Muitos leem, falam e cantam o amor. Poema que se pratica. A prática do amor é a cura da humanidade. Esse mês vamos namorar o amor por aqui. O convite do Badulaque esta semana é para você praticar amor em todas as direções. Por isso vamos começar com a pergunta: você sabe amar?

Para fazer esta reflexão primeiro é preciso partir do princípio do que ninguém consegue amar ninguém sem antes se amar e aceitar completa e plenamente. "Ao inspirar de manhã na meditação, acolho a vida em sua inteireza: o bom e o ruim, o feio e o bonito, o dia chuvoso ou o sol escaldante. Simplesmente aceito a vida como ela é, sem querer impor nada. E esse abraço inclui a mim mesma", compartilha a psicoterapeuta, Lucila Camargo em entrevista à revista Vida Simples. Segundo a especializada em resolução de conflitos, nesse processo de aceitação, também somos capazes de acolher as pessoas com comportamentos diferentes dos nossos, inclusive aqueles que não aprovamos.

De acordo com Lucila, tomando consciência de nós mesmos, nos tornamos mais tolerantes e compreensivos. A visão mais nítida dos nossos limites apura o olhar sobre o limite dos outros e amortece o julgamento. Recentemente, um seriado da Netflix expandiu os limites da comunicação como gostam de fazer as irmãs transgênero Lilly e Lana Wachowski, roteiristas e militantes conhecidas por usar seu trabalho para dar voz à causa da igualdade de gêneros.

Após o escandaloso sucesso de Matriz, elas chegaram metendo o pé na porta, em 2015 assinando roteiro e direção de um dos carros chefe de uma das empresas de streaming mais lucrativas do mundo. Sua principal mensagem: o amor e o não julgamento. O canal de transmissão: oito pessoas inseridas em contextos totalmente desconexos em locais afastados no mundo que alinham suas consciências em situação de risco, perigo, ansiedade, dúvida. Enfim… é o ser humano se colocando no lugar do outro quando o bicho pega.

Um exercício de humanidade! Ah... e ainda tem você, telespectador, misturando seu mundo, seus valores, seu olhar, com a perspectiva daquelas oito pessoas, suas visões políticas, cores, gêneros e orientações sexuais diferentes. Somos obrigados a nos reconhecer no outro simplesmente por sermos todos humanos e mais: enxergar nossos preconceitos. Este espelho de várias faces nos dá uma brilhante oportunidade de (re)conhecer na sétima arte o ser coletivo que somos e calçar a sandália da humildade. Calar o julgamento. Silenciar a mente e dar voz ao coração.

Abraçar o amor é, às vezes, dizer não ao ego, aquela parte da gente que pensa mais no individual do que no coletivo. Mas fazer essa escolha é muito mais gratificante. No entanto é preciso coragem. Não somos ensinados a amar. Nossa sociedade "progressista" e "produtiva", foca mais em lucro do que em felicidade. Para os grandes sistemas autores do modo de vida urbano, seres humanos são números mas fica para você a escolha de se enquadrar já que na verdade você cria sua realidade. Fazer diferente foge do padrão e demanda entrega.

Por isso, neste dia dos namorados, pratique amar! Namore amando. Chamar para jantar é fácil. Queremos ver você lavar aquela pia acumulada para dar uma força. ;) Amar é acolher, apoiar e entender a falha. É ver o outro humano na pessoa com a qual se relaciona e não um personagem de conto de fadas que precisa se enquadrar num sonho. Amar é dar as mãos e construir.

Namore tudo o que vive e não apenas o que você idealiza. Namore toda criatura viva que precisa de acolhimento. Seja um namorador da vida e receba em troca as flores do universo em retribuição. Beije, abrace e olhe, sempre com amor e sem julgamentos, porque desta vida material tudo o que resta são nossas caveiras idênticas e humanas, provando que somos e seremos todos muito diferentes mas perfeitamente iguais.

com informações de Vida Simples


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